quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Notas de um sambinha qualquer.

Segura a minha mão e vamos cair no samba. Quero me perder nessas notas, decifrar essas cadências, quem sabe, achar o ritmo do seu coração. Vou dançar nesse passo, vou me perdendo nesse compasso. Vou me achar nas suas rimas, me encontrar nas melodias e bailar nos seus braços. Simulando afeto, vou te procurando nos bares da noite, no contrapasso desse samba eu sigo á sorte, na simetria da vida, eu te acho numa rima. No desencanto, eu te canto esse samba, pro seu coração se encantar.

domingo, 20 de novembro de 2011

Eu gosto do desatino, de embolar nos desvarios dessas noites sombrias de solidão, dançando um samba com o copo na mão. Gosto do ardor do álcool e sua demência, gosto de me perder em seus braços, gosto de me encontrar na solidão. Gosto do escuro, gosto da noite, dos bares e lugares, esquinas e bistrôs. Gosto do acaso, da sorte, do ópio e do utópico. (...)

Desvarios de uma noite carnavalesca

Quanta loucura, quanta entrega com tamanha doçura. Do ínfimo ao mais extremo prazer, noite ardente e calorosa. O afeto parece que invadiu o meu ser, misturou-se com o desvario e trouxe-me à tona os devaneios mais veementes. Como me enganar mais uma vez e dissimular esse sentimento que me consome nessa noite de sábado, onde a solidão berra ao meu peito procurando abrigo. Sem soberbas, e nem hesitações, já estou entregue. Não quero pensar onde tudo isso vai dar, chega de contrições. Chegou a hora de ser feliz e delirar com os amavios que o amor proporciona. Quero ficar embriagada, completamente desatinada. Soltar os cabelos, por um batom vermelho e ouvir todas as juras de fidelidade, por mais que seja pra me embair, quero deitar e rolar na sua conversa mole, mole como o meu corpo fica ao ouvir a altivez da sua voz. Quero mais vinho, e prazer. Nada de gelo por hoje. Deixa o amor nos consumir, sem pressa, roupa por roupa, até ficarmos totalmente despidos. Confusão de toques, lábios, suspiros e sussurros. Assim, o dia foi clareando ao som das vassourinhas carnavalescas, dos pierrots e arlequins. E ao sobe e desce a ladeira, vou fazendo promessas por mais uma noite dessas, só que agora sem fim. Paixão de carnaval é sempre assim, tudo acaba em frevo no fim.


Pobre Pierrot, foi deixado pela Colombina que o trocou pelo Arlequin, mas o pierrot voltou a sorrir...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vida que segue.

Com o coração acelerado e os passos sôfregos, eu decido seguir, sem ao menos saber aonde tudo isso vai dar. Não sei se fiz as escolhas certas ou se amei as pessoas erradas, mas, a única certeza que tenho, agora, é que quero sair daqui. Quero quem sabe, me encontrar melhor do outro lado. Me sentir mais viva e segura de mim. Vou seguir sem olhar pra trás, sem fraquejar e nem balbuciar. Não posso parar, não agora, que decidi te tirar da minha vida. Não posso cruzar o meu olhar no teu, não agora, que decidi te esquecer. Refuto qualquer lembrança que traga ao árduo presente as nossas juras imensuráveis de amor. Não posso me contradizer, não agora, que decidi seguir. Tento apagar qualquer lembrança dessa memória infalível e abusiva, pra quem sabe, talvez, chegar mais leve do lado de lá. Numa bagagem pequena, vou levando tudo que posso-e-quero, sem pesos desnecessários, que é pra evitar a fadiga. Invoco aos santos fé e coragem, pois sei que vou precisar. Ao som de Cássia Eller-Partido alto... eu vou, sem arrependimentos, vou mais forte, mais (in)feliz. Vou contando com a sorte nessa velha-nova-vida.