domingo, 20 de novembro de 2011

Desvarios de uma noite carnavalesca

Quanta loucura, quanta entrega com tamanha doçura. Do ínfimo ao mais extremo prazer, noite ardente e calorosa. O afeto parece que invadiu o meu ser, misturou-se com o desvario e trouxe-me à tona os devaneios mais veementes. Como me enganar mais uma vez e dissimular esse sentimento que me consome nessa noite de sábado, onde a solidão berra ao meu peito procurando abrigo. Sem soberbas, e nem hesitações, já estou entregue. Não quero pensar onde tudo isso vai dar, chega de contrições. Chegou a hora de ser feliz e delirar com os amavios que o amor proporciona. Quero ficar embriagada, completamente desatinada. Soltar os cabelos, por um batom vermelho e ouvir todas as juras de fidelidade, por mais que seja pra me embair, quero deitar e rolar na sua conversa mole, mole como o meu corpo fica ao ouvir a altivez da sua voz. Quero mais vinho, e prazer. Nada de gelo por hoje. Deixa o amor nos consumir, sem pressa, roupa por roupa, até ficarmos totalmente despidos. Confusão de toques, lábios, suspiros e sussurros. Assim, o dia foi clareando ao som das vassourinhas carnavalescas, dos pierrots e arlequins. E ao sobe e desce a ladeira, vou fazendo promessas por mais uma noite dessas, só que agora sem fim. Paixão de carnaval é sempre assim, tudo acaba em frevo no fim.


Pobre Pierrot, foi deixado pela Colombina que o trocou pelo Arlequin, mas o pierrot voltou a sorrir...

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