segunda-feira, 16 de abril de 2012

(NÓS)

Vou me entregar a poesia, essa será a melhor das soluções. Fidedigna companheira, senhora da solidão. No copo de vinho afogo os desenganos, no luar eu danço pelo mundo. Um dia desses sei que ainda me encontro, talvez nos braços teus ou nos devaneios tempestivos que me tecem o teu corpo. A gaita eu irei tocar para homenagear o nosso amor, meu bem, este que (re)encontrou o caminho e agora pousou no abismo que eu mesma cavei. E caso os dias tornem-se amargos demais, eu te compro chocolates, ponho a mesa, forro a cama, compro flores e enfeito a casa. Mas eu preciso de você, nós, a saudade não é doce meu caro. Eu pensei que pudesse aguentar, subestimei a minha capacidade de amar, mas os meus cigarros já se foram todos, e as garrafas estão secas, o nó do meu cabelo está desfeito e o batom vermelho borrado. Meio cambaleante, mas me encontro de pé, talvez de um pé só, o direito que é pra dar sorte. Preparo um café bem quente, daqueles que curam ressacas e feridas abertas na iminência de sangrar, te proponho um acordo, dessa vez será um juramento, selamento ou o que mais você preferir chamar. Mas me prometa que farei parte dos seus planos, e que seremos um só nós. Um nó, entrelaço pelos caminhos e entregue aos carinhos, estes que sempre tiveram como remetente você, benzinho.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Me desculpe, mas não sei o que fazer. Estou atônita. O que dizer pra essa gente hipócrita e desleal? Simulam amor, mas semeiam o mal. Discutem sobre o homossexual, prolixo quando o assunto é amor e assumem uma religião. Mas sonegam solidariedade. Falar de felicidade quando a única que interessa é o seu individualismo e o seu preconceito baseado no senso comum. Ah, me poupem de frases feitas e de famílias perfeitas. O preconceito é o mal da sociedade, destroem ideais. Família perfeita é ter como pais um casal hétero? Amor é sofrimento? Ser cristão é não aceitar o diferente? Por Deus, mais amor por favor. Revolução não é anarquia, é luta, mobilização por direitos que outrora foram esquecidos, mas que existem e queremos. Pessoas assim não me cativam, e me fazem (des)acreditar na humanidade. Mas eu levo fé na vida, eu remo contra a corrente e ninguém distorce a minha mente.