segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Que mundo pútrido... revolta.
Será mesmo o fim do mundo? A volta do Messias está por vim? Inquietude.
Insisto e persisto em querer me apegar/acreditar em algo e... acredito.
Pessoas alienam-se ou deixam ser alienadas por diversas crenças e pessoas ou coisas, paramos de questionar e de indagar para esperar. Na habitual força de achar um culpado para tudo o que acontece culpamos o primeiro que (des)aparece e é neste habilidoso exercício que desenvolvemos com maestria que responsabilizamos o soberano/Deus por tudo. "O senhor quis assim" "Deus fez o melhor" "Isso é uma prova de que Deus está vindo". Será que para o retorno deste é preciso haver tanto sofrimento e morte? Pergunto.
Mais uma vez... Será que Deus prefere a sua miséria? A sua fome? A morte dos seus queridos? Não sei.
Contudo, parece mais fácil culpar alguém do que nos culpar. Vamos atrás dos verdadeiros culpados, se há um. Vamos evitar mais 232 mortes, ou será que realmente esse é um sinal de Deus? Em átimos de segundos tudo o que acreditamos desaparece, e a angústia, meu caro, prevalece.

sábado, 5 de janeiro de 2013

2013 muito mais meu

 Santo, orixá, mantra, reza, oração, superstição, olho grego, 7 pulinhos, sal grosso, pimenta, água santa. Nem sei se acredito em tudo isso, mas investi em todos os rituais para 2013. É verossímil que eu nem tenha mais fé. Mas insisto em querer acreditar em algo, em me apegar a alguma coisa, talvez transcendental. Sempre tive como filosofia mor o amor, um sentimento sem oferta, tão natural quão gratuito, porém você alcança um momento, uma hora em que afadiga só oferecer, a exaustão é tanta que você quer receber também. São nessas horas, apenas nessas finitas horas, que o egoísmo impera como um rei altivo liberto de todo sentimento solidário. E o amor age como um ditador, e eu me pregunto, mas o que seria o amor? Quando mais me aproximo dele, ele escorre entre meus dedos o deixando ainda mais tênue. Ter fé em que? Acreditar em quem? Pessooas esquecem rapidamente, a amnésia meu caro é cruel, esquecem do que você fez ou faz e em segundos a fúria toma conta e as palavras machucam, essas ferem pontiagudamente, e esses ferimentos são os mais díficeis de cicatrizarem, e por fim, a mágoa toma conta. Todos esses rituais feitos por mim para um ano mais positivo me fizeram ser mais egoísta, ter um canto só meu e ser só minha. Mais do que um desejo ou voto de resolução, eu quero endurecer, não para evitar maiores sofrimentos pois isso é natural e inevitável, mas eu quero viver meus desejos primeiro, eu quero, eu quero, eu quero, eu quero... eu quero mais, muito mais amor em mim, pra mim, sempre.