quinta-feira, 8 de novembro de 2012

É difícil falar em sentimentos nos dias de hoje, tudo é tão "ligth" e descartável. Tão mais complicado é sentir pureza nas coisas, nas pessoas, principalmente quando o hedonismo é a única coisa que move os relacionamentos. Sinto falta do tempo onde tudo era calórico demais, e o demais tinha uma intensidade vital quase motriz dos dias. Falar da vida, hoje, requer um certo pudor com doses de comedimento, tudo é muito normalzinho e hipócrita, pessoas são assim, hipócritas. A vida de alguns já virou um clichê. Ai que nojo! Pergunto-me pela loucura, onde ela foi parar, penso que ela se libertou dessa vida vulgar e niilista.


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Um adeus, um talvez

Dessa vez foi diferente. Enquanto eu te olhava ir, o meu coração clamava por socorro, berrava o grito dos loucos. Tudo aconteceu ligeiramente, o beijo desfeito, o amor mesquinho e o adeus amargo. Mãos e corpos desatados, frígidos, apáticos.
Logo percebi que esse adeus era (in)diferente, esse adeus não tinha volta nem revolta, era um adeus soberbo e completo de cobranças. Esse fim foi quase uma aposta, espera ou uma pergunta que ficou submersa no ar, "qual será o primeiro a olhar pra trás?". E caso eu te deixe livre será que vou me culpar por não tentar? E se eu for mais feliz assim, só? Solidão as vezes é doce. O amor não entrou na dança, de tão pouco não teve cadência e por ser egoísta não coube nas notas, faltou harmonia, meu bem. Ah, faltou tanta coisa, faltou mais de nós. Nos restou lembranças, saudades, sentimentos bons (...) Talvez eu tenha culpa, talvez eu tenha medo ou autocomiseração. Talvez eu te queira mais do que o perfume que exalas ou te ame mais do que eu amo o seu beijo, corpo, nuca, mãos, nariz e barba. Talvez eu te ame por inteiro, completo e desmedido, sem proporcionalidade ou razão. Acho que esse amor é livre e por ser livre tem o direito de ir e voltar quando quiser, só não sei se estarei sempre inteira.








quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Talvez um bom mantra alivie a minha dor, quem sabe um pouco de amor ou outros corpos, outros copos. Uma noite de sono, talvez. Um cafuné.
Quem sabe eu queira mais que esperar e deseje muito mais do que sorte. Afeto.
Eu tenho um mundo aqui dentro, borboletas voando no meu estômago e o temor de amadurecer.
Ora eu sou o medo da cabeça aos pés ora eu sou dona de mim.
Fé.
Fé eu tenho mesmo é no amor que cura, na esperança que muda, na dor que cicatriza e na ferida que fecha. Eu tenho mesmo é amor pela vida, pelas cores, pessoas e amores.

sábado, 11 de agosto de 2012

"Uma futura ida ao céu"

Queria ir no céu, seria uma viajem louca, alucinante. Iria conversar com Deus, quem sabe não trocaríamos altas estórias, por vezes acho ele hilário. Vendo as pessoas, do alto, observei o quão são hipócritas e as suas orações individualistas. Puta que pariu. Os anjos deveriam fazer rebelião, subverter qualquer ordem, um socialismo no céu seria cômico. Somos um bando de pedintes, avarentos, nojentos. Com a rebelião dos querubins seria instaurado o amor como a ordem mundial e o primeiro mandamento de todos os mandamentos, esta seria a regra, amar. Um amor sem comedimento, fora de qualquer órbita e livre de todo preconceito, as pessoas seriam loucas, a sociedade viveria no gozo, seria um orgasmo múltiplo, que barato. Doações, eu queria te doar um sentimento bom, qualquer um, mas que seja bom. Eu queria te fazer feliz, um segundo ou uma vida, dane-se o tempo meu caro, estamos no futuro, aqui não existe tempo. Já que estamos no futuro, quero os meus ídolos aqui, vivos e com todo ardor e sagacidade que é viver. O mundo é futurista, eu gosto de músicas e pessoas repletas de amor.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Uma carta [...]

 Se tropeçarmos, tombaremos abraçados, juntinhos, como numa rima. Iremos dividir o mesmo cigarro, o mesmo gole, o mesmo cobertor, o mesmo abraço, os mesmos beijos e a mesma casa. Quero te lembrar que a sua realidade é minha e que o meu mundo é o seu. Não esqueça das noites em que dividimos a mesa, o café e o quarto. Não vá para tão longe. Ou melhor, não se vá. Não fique com medo, só há nós aqui, só há espaço para nós. Sou insegura e casa está desarrumada também, mas eu ponho em ordem, ponho a nossa vida, o nosso ninho, pode deixar, eu arrumo com carinho. Ajeito o seu cabelo, cozinho pra você, arrumo a cama, passo a sua roupa, sou o seu porto seguro, sou o seu mundo, se você quiser. Sei que sou um tanto ou um muito melosa, dramática e espaçosa, é que eu gosto de carinho, benzinho. Gosto de pés, mãos, boca, nuca, nariz e dois olhinhos. Gosto da poesia, da sinfonia e simetria que é dançar com você. Gosto de te ver tocar, de me embalar na tua voz e de me coçar na sua barba. Ah a sua barba! Essa ainda não é a hora da despedida e esta carta não é de partida,  mas de renovação de voto, de pedido e quem sabe de socorro. Um socorro de alguém que só sabe viver nos braços teus, um alguém com quem compartilhas o café e o coração, um alguém que te decifras só pelo olhar, um socorro de alguém que só sabe te amar.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O bem que vem vindo

Tarde triste, nebulosa, tempo frio e o meu peito vazio. Eu, solitária, aprendi a gostar da solidão, da escuridão, dos dias chuvosos. O horóscopo hoje me trouxe uma esperança, li que o meu benzinho vai chegar na aurora, vai vir reluzente e ardente de amores. Vou curar a ressaca, a primeira impressão determina quem somos, quero recebê-lo perfumada, com flores no cabelo e simulando alegria. Quero que ele veja que sou bem feliz, que faço esportes, que sou saudável e adoro sol. Por mais que eu seja por oras só tristeza, por mais que eu ame o meu sedentarismo e só coma besteiras, por mais que eu deteste o sol, por mais que eu seja viciada em café e passe as tardes embriagadas e por mais que eu curta o tabagismo. Para o meu bem eu serei o amor da cabeça aos pés, eu serei a alegria de um palhaço e o gozo da felicidade. Quero mãos atadas, braços dados, rostinhos colados, beijos doces e corpos nus. Quero ser só com você, quero a minha solidão na nossa cama, quero o meu eu solitário gozando do nosso prazer de amar. Para o meu bem que vem vindo, desejo sorte, pois viver com alguém tempestiva, bipolar e cheia de curativos não será fácil. Mas o astral é grande, o santo é protetor, vem logo, vem depressa, vem trazendo a felicidade, bem amado.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


                             Quem vai pagar o enterro e as flores
                    Se eu me morrer de amores?                                                                                      


Se eu me morrer de amores?

                                     

                             Se eu me morrer de amores?







                                                                               
Vinícius de Moraes

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cabe (...)

Não se assuste meu rapaz se eu lhe disser que a vida é engraçada. Comemore as vitórias, celebre as derrotas, tudo é questão de comemoração. O mundo está nas nossas mãos, e de repente, tudo se esvai, tudo fica tão ínfimo quanto a nossa dor, e os planos? Ah, os planos são interrompidos e os sonhos desfeitos, e o que mais precisamos nestas horas é um ombro ou um abraço quentinho. Mas caso prefira, cabe dançar também, cabe se entregar, cabe colorir, cabe vestir e despir. Cabe você no meu mundo, meu bem, cabe o seu olhar sincero, cabe o seu corpo no meu. A vida é um barato, convenhamos.

domingo, 24 de junho de 2012


        E você me aparece assim, do acaso, metade homem metade querubim, tão natural quanto a sua barba mal feita, tão perfeito quanto o seu cabelo desfeito e a vida que de tão mesquinha me colocou nas suas mãos. Eu que aprendi a viver tão sozinha, hoje tenho companhia pro jantar.
        E pra não te deixar escapar logo tratei de arrumar a casa e o coração, botei mais uma cadeira na mesa, afinei o violão, te fiz uma canção e afastei a solidão. Sem titubear, aceitei o anel, o compromisso e toda a sua bagagem, aceito o meu quinhão e o seu coração.
        E a gente vai espalhando o amor nas esquinas, vai se cuidando, curando os porres, a gente vai tratando de ser feliz.






                                                                           Os solitários também amam.





domingo, 20 de maio de 2012

Me carregue pela mão, me leve no colo se preciso for, mas me tire desse lixo, dessa hipocrisia que me reprofunda. Eu quero sair nas ruas e gritar na cara da polícia que eles são um bando de filhos da puta, eu quero pichar o muro de Brasília pedindo mais ordem, mais isonomia, eu quero acabar com essa imprensa deturpadora, eu quero que as pessoas se amem sem preconceito, eu quero queimar dinheiro em praça pública,  eu quero fazer subversão, eu quero o Brasil progredindo e esses políticos corruptos capitalistas imperialistas presos no Bangu 1, eu quero acabar com a fome, eu quero uma vida mais digna pra mim e pros meus companheiros, eu quero querer mais justiça.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

(NÓS)

Vou me entregar a poesia, essa será a melhor das soluções. Fidedigna companheira, senhora da solidão. No copo de vinho afogo os desenganos, no luar eu danço pelo mundo. Um dia desses sei que ainda me encontro, talvez nos braços teus ou nos devaneios tempestivos que me tecem o teu corpo. A gaita eu irei tocar para homenagear o nosso amor, meu bem, este que (re)encontrou o caminho e agora pousou no abismo que eu mesma cavei. E caso os dias tornem-se amargos demais, eu te compro chocolates, ponho a mesa, forro a cama, compro flores e enfeito a casa. Mas eu preciso de você, nós, a saudade não é doce meu caro. Eu pensei que pudesse aguentar, subestimei a minha capacidade de amar, mas os meus cigarros já se foram todos, e as garrafas estão secas, o nó do meu cabelo está desfeito e o batom vermelho borrado. Meio cambaleante, mas me encontro de pé, talvez de um pé só, o direito que é pra dar sorte. Preparo um café bem quente, daqueles que curam ressacas e feridas abertas na iminência de sangrar, te proponho um acordo, dessa vez será um juramento, selamento ou o que mais você preferir chamar. Mas me prometa que farei parte dos seus planos, e que seremos um só nós. Um nó, entrelaço pelos caminhos e entregue aos carinhos, estes que sempre tiveram como remetente você, benzinho.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Me desculpe, mas não sei o que fazer. Estou atônita. O que dizer pra essa gente hipócrita e desleal? Simulam amor, mas semeiam o mal. Discutem sobre o homossexual, prolixo quando o assunto é amor e assumem uma religião. Mas sonegam solidariedade. Falar de felicidade quando a única que interessa é o seu individualismo e o seu preconceito baseado no senso comum. Ah, me poupem de frases feitas e de famílias perfeitas. O preconceito é o mal da sociedade, destroem ideais. Família perfeita é ter como pais um casal hétero? Amor é sofrimento? Ser cristão é não aceitar o diferente? Por Deus, mais amor por favor. Revolução não é anarquia, é luta, mobilização por direitos que outrora foram esquecidos, mas que existem e queremos. Pessoas assim não me cativam, e me fazem (des)acreditar na humanidade. Mas eu levo fé na vida, eu remo contra a corrente e ninguém distorce a minha mente.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Uma vida de botequim

De longe descansa, quem as notas dessa canção não alcança. Onde a insônia é a única companheira nas madrugadas arredias. E a brisa traz os devaneios, que por ora, esquecidos. O café tem que ser amargo, que é pra curar as feridas da alma. E pela casa, eu jogo sal grosso, abro as portas e espero pela sorte. A fé já não me alça, e na loucura, eu viro santa. Cadê o meu samba? Delírios de quem um dia já pensou em compor na vida de um outro alguém. E os laços já desfeitos se vão com o tempo, e os amigos do peito caem na malandragem e, eu que outrora fui chamada de saudade. A melancolia envaidece a minha poesia e rima com a contramão da vida. Desculpas de um bem me quer, esse talvez nem me queira sua mulher, as marcas de batom vermelho sangue e o cheiro exalador de um perfume de quinta e em seus lábios a mordida de uma vadia e nas suas costas as unhas que me dizem que na rua és bem mais feliz. Eu que pensei que amar fosse mais fácil, hoje eu só quero bailar na minha dor e em um outro verso destilar o meu ímpeto em sofrer e a complacência de me doar para mim mesma, um pouco de afeto, quiçá uma dose de paz. E o cigarro, que desapareceu nas cinzas da vida, assim como as lembranças, assim também como a minha memória viva, que faço questão de deixa-lá submergida em um botequim. E os lençóis sujos de sangue, faço de cortina, obra viva de quem já sofreu um bocado nessa vida.

sábado, 24 de março de 2012

   Vou tomar um chá de camomila, ligar a TV e ver o capitalismo de perto. Quero ver o cinismo e as falsas ideologias, o dinheiro e a mesquinharia. Vou achar quem se importe com o meu coração, quem deseje abrigo, sem troca de locação. Vou me encontrar perdida numa esquina qualquer, a poluição vai me levar até o seu coração. Vou pedir-te auxilio, exílio. Tenho que me esconder das falsas liquidações, das que simulam amor e costuram corações. Embarcarei num futuro, aquele onde nada importará, apenas sorrisos verdadeiros, amores sinceros, olhares voluptuosos. Vou andar numa era onde nem as roupas interessam, luxúria tão pouco separará uma favela e o sorriso será armadura, fechadura, pra qualquer dor. Vou sair nua, cair bêbada, dançar na chuva. Numa era assim, quem irá ligar pro senso comum? E a sinestesia irá se misturar com o ópio, dançaremos psy até a vida ficar chata. E se o roteiro mudar, desligue a tv, compre um livro do Pablo Neruda, escute um cd da Maria Creusa, invente o seu monólogo. Ao contrário do voto, infelicidade não é obrigatório.
           Cadê você meu bem?
O que faço com o seu lado da cama, o seu travesseiro e o seu pijama?
E se eu tiver pesadelos, quem eu vou acordar na hora do desespero?
Caso falte cor, quem irá me chamar de amor?
Quando a vida for engraçada, pra quem eu vou contar piada?
E na hora da desilusão, eu vou chamar o teu nome em vão.

sexta-feira, 23 de março de 2012

       
                Viver na contramão, isso não era bem o que eu queria. Eu queria partir alto, dá um salto e sair da inércia. Mas eu montei um casulo no meu coração, tomei as rédeas da situação, aprendi a viver na solidão.
Um dia você se acostuma a viver só, e, parafraseia que a vida é melhor assim. Todavia, não se engane.
                Não se ludibrie a toa, a mesquinharia uma dia, consumirá esse coração alado. Ah, remendado coração, aprenderá a dançar sem par. Mendigado e amargado, serão as suas noites de TPM. E os dias frios? Esses são os piores, tenha certeza. E a paz que de tão fugaz, me abandona na primavera, me encoleriza e retorna vazia, sem odores nem rumores. E eu até pensei que solidão fosse um tipo de profissão, também. Quem explica a magia da iminência de amar? E a troca de olhar? E o amavio que é embriagar-se noutro corpo e dele beber, dele possuir todo, consumir e sugar todo o seu brio. Eu vou pintar as paredes de rosa, vou fazer um café bem quente e cheiroso que é pra exalar amor, abrirei as portas e janelas, quem sabe assim, você vem depressa, sem desviar o caminho, sem tomar um gole de vinho. Vem que eu te quero assim, embrulhado com fitas de cetim. Vem depressa, o meu samba cansou de tanta espera, eu quero um par, quero dançar dois pra lá dois pra cá.



Quem pode querer ser feliz se não for por um grande amor ?

http://www.youtube.com/watch?v=6LCri6ve6A0&feature=related

quarta-feira, 21 de março de 2012

       - Meu caro, confesso que não entendo essa sua ânsia desmedida em sofrer e a sua supremacia quando o assunto é amar. Pra quê esse comedimento de sempre esperar pelo tempo? Deixe de mesquinhez, pedir nunca é demais. A dor é efêmera e a solidão é um jeito de se amar, também. Ocupe todos os espaços, viva a sua transitoriedade. Escute um rock'n'roll, abuse do blues, viver com música é um jeito mais fácil de barganhar na vida. Seja hipócrita com os caretas, a São Jorge peça proteção e saravá a todos os santos. Nada de senso comum, seja altivo quando o assunto for a sua felicidade. Simule um amor, talvez você possa ser a pessoa certa pra você. Se encontre nas ruas, se perca nas esquinas e sambe nos becos, deixe de viver na iminência, acabe com os pressupostos. Nada de comiseração, nem altruísmo, viva um pouco o seu egoísmo. Aproveite o seu paladar, deguste vários corpos, encontre o seu. Caia na boemia dessas noites vazias, peça uma tequila, embriagar-se tem o seu amavio.
                                                           
                            Esqueça o verbo sofrer, meu bem, ele não lhe convém.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Vem sambar

Vem pra minha dança, não se acanha, aqui sempre tem espaço pra mais um. E se não der, a gente abre essa roda, pega uma viola e toca um samba. Eu quero ver você se perder nessa melodia, eu quero ver você se achar nesse balanço. Aqui é permitido sonhar, deixa a vergonha pra trás e vem. Segura a minha mão, você vai ver o que é emoção, deixa o ritmo te encontrar sem pressa, afinal, teremos uma vida inteira para encontrar a cadência. Não te desespera, essa harmonia um dia chega, sambar também é um jeito de levar a vida.

domingo, 1 de janeiro de 2012

      "Uma bela frase, parafraseada por uma bela lutadora da vida, de uma bela e irreversível idade me chamou bastante atenção. Uma dama da terceira idade, lindíssima por sinal, com os seus 70 e poucos anos, idosa é engano, ela é jovem e muito jovem, sabe curtir a vida como ninguém. Acabou de dizer ao repórter á seguinte frase: Recordar é chato, rs. E não é que eu concordo em todos os número com ela. Recordar é extremamente chato e nostálgico. Sempre que recordamos sentimos uma leve-imensa tristeza, os olhos enchem-se de lágrimas e ao decorrer de cada fato lembrado, choramos. É sempre assim. Noutras vezes, recordamos com alegria e sorrisos, porém somos sucumbidos pela saudade desenfreada e devastadora, e, logo após choramos. Todavia, recordar é preciso."

Meu bem

      Vem sem interesse, vem querendo ser feliz. Chega perto, olha pra mim e, me diz que já não há mais motivos para não ser feliz. Traz consigo a beleza de um sorriso, estonteando toda a amargura escondida e que insiste em refletir no espelho. Vem, sem demora. Me traz teu colo, teu amor e o teu sossego. Bota um sorriso no rosto e vem pra mim. Vem pra minha solidão, me dá a tua mão. Dorme no meu peito, que eu te acalento, quem sabe você dorme bem e não tem pesadelos. Vem meu bem, vem que já é hora de ser feliz. O bloco vai passar, vem...a gente vai acompanhar!