quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O ar é necessário à combustão.

Então, ela decide não se lamentar mais, lava o rosto, coloca uma salto número 8 e um batom vermelho vibrante. Saí a rua, para numa banca de revista, compra um jornal e segue para o café da esquina, aquele no qual costumava sempre ir com o "tal". Pois é, o Zé agora virou um carinha qualquer, é tipo um mantra, não mencionar o nome do dito cujo lhe atrai vibrações positivas. Anda pela rua exibindo um sorriso estonteante, como quem quer mostrar pro mundo que não tem nenhum problema. É esdrúxulo, mas ninguém se conforma com uma pessoa que transparece total felicidade, e enquanto se movimenta com tamanha beleza todos lhe observam. Ao mesmo tempo em que o mundo lhe observa, ela também observa o mundo. Para em cada esquina, contempla o tempo ensolarado, cumprimenta afetuosamente a todos, não se irrita com o barulho das buzinas nem tampouco com a poluição sonora. Rir alto, toma sorvete, come pipoca, enfim... se liberta de todo e qualquer sofrimento que lhe havia causado tamanha e desconsoladora dor. O fato dela ainda estar magoada, não justifica o seu enclausuramento e todo os entorpecentes que tomava para dormir. Ela reconheceu que a felicidade é bem mais complexa do que um simples/grande amor, e descobriu que o desespero não é acalentador. Jogou as cinzas ao alto, resolveu viver. Publicou em seu mural que o recomeço seria a sua palavra de ordem.

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