segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sinto;

Lembranças breves, esperanças perpétuas, agonia que é estar só, desejo de se consumir, vontade de se entregar, amor que devaneia. A vida que te entrego são os sorrisos que em desespero te imploro cordialmente que fique. O tempo que escorre lentamente matando subitamente todo desejo vão de te ter para sempre, temor. Distância que insiste em se desvencilhar levando junto todo sonho que um dia sonhamos eternizar. As cores que um dia pintei em uma tarde de verão qualquer sobre as gramas verdes na qual contemplávamos o amor que nos entrelaçava. Onde anda você meu bem e aquele desejo que tínhamos que sentíamos e que vivíamos? Cadê todo o afago que nos divertia e amaciava a amargura da solidão? Amor que idealizei ilusão que criei alusão que fiz de um dia ser feliz. A saudade há de ser doce.

sábado, 28 de maio de 2011

(...) Destemida.

 Exacerbada de tantas futilidades e mentiras acopladas, encolerizada das frustrações e promessas.
Complicada ou complexa, já nem sei mais, são tantas definições; esses pseudônimos não acentua mais na minha autoestima. Eu sei bem o que quero, não dou cabimento ao desespero ludibriador, tenho objetivos e metas a serem cumpridos, nada de se contentar com pouco ou obscuridade. Escolho, indecisivamente escolho, possuo a qualidade do desapego, tamanha altivez em declarar isso, evito sofrimentos descabíveis. Frígida não,sou realista. Num mundo tão desigual, com alta sofreguidão e índices de individualismo elevados não posso me reter de ser racional. Tenho que ponderar se realmente valerá a pena me despir de tanto por tão pouco ato recíproco. Venho remendando em alta costura o meu coração, devaneios incertos não me inebriam mais. Pensar hoje é o ato no qual mais faço, há quem afirme com frases clichês que quando se ama não pensa, o coração não escolhe quem amar ou o amor é cego. No meu caso, o meu coração altamente remendado tem o dever de escolher por quem não se deve sofrer, se o amor é cego eu não sei, mais eu não sou e não admito incoerências. Evito sofrimentos maiores por não me permitir, não caminho mais com os olhos fechados, não amo mais de olhos fechados. Sou dona de mim e da minha intrépida autoconfiança. Acredito e confio que felicidade seja um bem natural, e que não possua interdependência com ninguém. Nenhum dito cujo precisa aparecer pra você se sentir bem e feliz, ninguém é dono do seu sorriso.
A minha felicidade caminha de mãos dadas comigo, na solidão ou não.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Contexto transitório, efêmero;

  Sou tão complexa e ao mesmo tempo indecifrável. Caso ouse me compreender, certamente precisarás de tempo e uma infinda paicência. Ainda estou moldando os meus conceitos e a visão turva de enxergar em todos a recíprocidade do amor.

  Transitória, efêmera, ambígua. Reconheço que são fases que demarcam a minha multipolaridade e as infindas facetas que de acordo com a lua (re)surgem e sem temor algum, mostram o árduo contínuo desafio de se manter sóbria. Sereno, perene, finito. Características da normalidade, fujo de algo normal, do meio termo que invade e transtorna, do tíbio que corrói, não sou tépida. Se existe algo que possa me definir, direi que é a intensidade. Sou intensa, provisória, perecível, fugaz, exílio. Não existem características ou definições para alguém que está em eterna mudança, talvez para mim nunca há.

  Quanto ao humor, depende do dia, hora e lugar. Talvez me encontre com um sorriso afetuoso, terno, acalentador. Ou me reconheça pelas lágrimas dilacerantes que escorrem sem pestanejar pelos olhos e  borram toda a maquilagem. Não me cause ciúmes quando eu estiver de tpm, isso pra me é o fim do mundo e de uma crise de autocomiseração. Todavia, não me fale ou indique o que devo fazer, responsabilidade é uma das minhas tantas fases. Sou carente de carinho, gosto do amor quando o mesmo é mútuo, recíproco e não provoca dores.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Amor que consome.

(...) E a esperança vem, acoplada com ela a vontade de te ter novamente e o desejo de te ouvir dizer: fica, fica um pouco mais. Volto para minha rotina, saio de toda a suntuosidade que engloba os meus devaneios tortuosos e reconheço que o seu altivo orgulho jamais perceberá a falta que faço pra você. Percebo que a longa estrada que nos afasta conserva o orgulho que temos, e, sentimos. Falta-me coragem, a coragem que outrora tive, coragem esta de largar tudo, bater na sua porta e te pedir pra voltar, desta vez sem se desvencilhar, sem meios termos, mais por inteiro. É irrefutável que dentro de mim ainda existe você. O amor que carrego, é o mesmo que espero um dia te dar novamente.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sigo sem entender.

   Não entendo como os amores acabam rapidamente, as portas do coração se abrem e apenas em uma fresta um novo amor entra. Sou antiquada em relação isso, quando amo, vivencio os mais coloridos dias, me enfeito toda e condecoro tudo ao meu redor com frases amorosas que caibam você. Sempre que encontro um cara (assim mesmo no popular) penso logo, esse é pra vida toda. Idealizo, me iludo e consequentemente me frustro. Nunca sou pega de surpresa, pois sei que estou sujeita a isso, aos desencontros da vida, aos contrapostos amorosos. Quando subitamente me apaixono, o meu inconsciente manda uma mensagem: cuidado, vai com calma, olha pra não ferir a alma! Digo e repito pra me mesma, dessa vez vai ser diferente...

    Logo vem à aproximação, o contato e o meu ponto fraco: os olhos. Quando eles se cruzam, não contenho, entro em êxtase e sou entregue a epifania, sucumbo todo o desejo de me manter tépida, sóbria e exacerbo a vontade de ser amada e culmino o desejo de amar. A verdade é que não sei vivenciar os dias no singular, anseio por alguém que compartilhe da minha felicidade, dos meus sorrisos, do futuro. Só sei viver se for amando, necessito de acalanto, afago. Talvez esse seja o meu maior defeito, a carência.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Românticos são os amores.

Espero confiante os dias de primavera, onde as flores desabrocham e os amores incessantemente se amam. Sigo inerte a espera da estação das flores, dos amores e românticos. Assíduamente passo a saudar a vida e tudo que de belo nela há, com uma total melancolia contida. Suspiros bobos e tolos, respiração ofegante, olhares calorosos e beijos ardentes, românticos são assim. Idealizo de você a pessoa perfeita, crio frases apaixonantes na qual contenham a palavra amor, e saiba, amor só pra você. A felicidade que passei a presenciar constantemente em cada gesto ou sorriso, o amavio que é amar você. O amor que eu aprendi a fazer renúncias e a me renunciar por inteira. As flores que passo a esperar ansiosamente, e o amor que vivo a sonhar. Que a estação das flores traga o cheiro dos amores e os sorrisos que lhe foram entregues. Saudosamente é o seu nome que eu chamo, é você quem eu amo. 

domingo, 15 de maio de 2011

Arte de vivenciar os mais belos dons

A vida a nos testemunhar, e a nos gratificar com o que mais de belo há, senão amar. E a felicidade que nos contempla assíduamente, mostrando em tudo a sua beleza. Quão grande simplicidade em saber que a tristeza não há. Passamos a vivenciar dias repletos de rimas e melodias, composto por sonetos, versos e estrofes no qual ratificam como é bom presenciar o amor e a sua transparência nas pessoas, que só enxergam a riqueza.
Certamente será a solidariedade que nos fará despertar nos dias contemplados pela luxúria e nos fará apertar a mão do mais próximo irmão. O sorriso será o nosso escudo na hora da infelicidade. E a maldade aqui nem sabe onde mora, abrigo não tem, casa também. Idealizaremos um futuro à dois e nos deleitaremos do tempo singularmente perdido. Reconheceremos o bem e junto com a sorte andaremos todos de mãos dadas, pelo longo fio tênue do destino.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Coração submerso;

  A verdade é que ando com uma total comiseração, ou melhor, tudo anda me comovendo. Sou daquelas que na maiorias das vezes deixo a razão falar mais alto, poupo o coração nessas horas. Não sei se o que está acontecendo comigo deve-se ao inconstante tempo, ou as fases da lua, talvez, dizem que ela altera o humor. Pois bem, sou sucumbida pelas lágrimas. Sou vencida pela melancolia e todo sentimentalismo. Passo agora a vivenciar as horas idealizando amores perfeitos e a espera deles, começo a indagar as possibilidades de futuras felicidades à dois. Averiguo sobre os casos mal resolvidos e o que eu poderia ter feito de diferente para mudá-los, mais constato de que nada vale remoer sentimentos perdidos.

  Contudo, sou transitória, conheço e reconheço todas as minhas fases e como de costume sei que são efêmeras. Tirarei total proveito desse lado melancólico e aproveitarei para dizer tudo o que há tempos me retém, sem papas na língua, ou clichês, irei aprender com esta nova fase a dizer eu te amo, sem temores e pudores. Caso me encontre na rua e quase sem querer lhe der um enorme abraço, daqueles bem fortes, não pense que é total carência, talvez seja, mais saiba que necessito desse contato corpo, pele, derme. Talvez chore também, ando sensível e qualquer palavra ou sorriso, posso desaguar. Não penses que o motivo de toda a sensibilidade seja a infelicidade, sou feliz, bastante feliz. Como já havia relatado, saiba que são só fases, retrógradas as vezes ou progressistas, como a lua, aparento diversas nuances. Desejo que me entenda, não pergunte pelo namorado, noivo ou marido, queira saber de mim,da minha vida e o que ando fazendo, isso já é tudo. Me traga sorrisos de primavera, verão e outono, me traga amores de verdade e afagos de felicidades.

domingo, 8 de maio de 2011

Triste diferença acentuada.

O negro que ainda sonha com a liberdade. O branco que se preocupa em expandir seus negócios. Mulatinho pobre que corre descalço na rua e chora com fome. Menino branco rico que usa tênis Nike e come na McDonald's. O preto que é vulgo ladrão, bandido e filho da Puta. O branco que por mais corrupto que seja nunca é preso e tem plenos direitos reconhecidos. Para os pretos a cota, acentuando mais a desigualdade racial. Para os brancos a hipocrisia de que somos todos iguais. Para os pobres o descaso de barreiras caídas por consequência da chuva. Para os ricos as lindas coberturas de prédios luxuosos. O reconhecimento do árduo trabalho de um pião, que chega a ser sarcástico,um mísero salário mínimo, insignificante num país tão consumista quanto. A gratificação imensurável para um capitão do mato onde não passa em seu respectivo local de trabalho 4 horas e não tem suas mãos calejadas por falta de não saber manusear um instrumento pesado. Garoto de colégio do governo que por mais vontade que tenha de estudar, há falta de professores, onde se encontra a nossa educação de qualidade? Nossos honrosos idosos que permanecem em uma eterna fila para se conseguir uma ficha de atendimento hospitalar, essa é a gratificação que recebem por anos de venda de seu trabalho. Tudo isso enquanto nossos companheiros ricos estão cada dia mais ricos e corruptos. Não que eu queira generalizar que todo rico é corrupto, mais que a individualidade, a falta de genorisidade e compaixão prevalecem entre os demais. Saudosos tempos, onde não tínhamos medo de nos expor e a nossa luta era nas ruas com faixas e rostos pintados, mobilizando massas, todos num só ideal, numa só igualdade.
              Vamos pedir piedade, senhor piedade.  Cazuza

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Melancolicamente sou feliz.

Levantei-me da cama pela primeira vez diferente. Não sei ao certo qual foi o motivo que me levou a tamanha renovação. Certamente foi pelo fato de ter passado toda uma noite aos prantos ou por ter optado por um recomeço. Posso afirmar que me encontro límpida e branda, extravasada de toda e qualquer dor. Supostamente  consegui extrair do meu peito toda melancolia que há dias venho trazendo comigo e que me faz ter insônias e carregar um lamentável e duradouro choro. Só agora posso me olhar no espelho sem remorsos, sem olheiras. Só agora posso ficar me narcisando. Há tempos que não tinha a sensação de tomar um banho e me sentir limpa de fato. Não sei, mais parece que tudo agora tem um sabor mais agradável, um odor excitante. Isólitamente devaneios me trarão as amargas lembranças de tempos longínquos onde a tristeza reinava e a baixo auto-estima me perseguia, amadureci, com todas as letras possíveis posso afirmar, nada mais me tira o sono e a vontade de viver. Seguirei com sorrisos estampados no rosto e abraços fartamente calorosos, a felicidade virar acoplada de todas as coisas boas que viram, e eu sei que viram.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

A vida continua.

“Você sempre viveu sem ele, e continuará vivendo. Me poupe do drama.”  Caio F. Abreu


 Superação deveria ser o nome do destino a ser traçado após um término de uma relação. Não entendo bem os motivos que levam as pessoas a mendigar amor ao próximo. Sinceramente nunca fui dessas, que arrancam cabelos, esperneiam, gritam e se desesperam, tenho essa sorte. Acredito que as pessoas só devem querer estar perto de pessoas que lhe dão o devido valor, que carregam a felicidade em si, e não de homens mal amados, que destratam em público, não tem respeito e nem um pingo de educação. Não entra na minha cabeça como mulheres bem resolvidas se encontram em desespero por homens assim, acho que isso não é questão de entendimento é uma simples fato de sentir ou não. As coisas comigo sempre funcionaram assim: acabamos o namoro hoje, eu sofro tudo o que tenho para sofrer hoje, me lamento hoje, claro que amanhã as lembranças continuaram, mais eu supero, tento recomeçar, me ocupo com coisas que merecem total atenção e me dou por completa aos meus amigos, o resto o tempo cura, a minha parte eu fiz. Contudo, eu entendo as minhas amigas, entendo o jeito pelo qual elas se apegam as lembranças, entendo também a falta que o outro faz, a falta dos beijos, carinhos e todas as brincadeiras e intimidades. Mais o que não é seu de fato nunca vai ser, não deixe que ninguém te maltrate, te humilhe. O amor requer sentimentos mútuos, na vida quem ama por dois, certamente sofrerá por três.

domingo, 1 de maio de 2011

Amor límpido é o que eu preciso.

A tempos que vivo me programando para o que falar, qual atitude tomar e o melhor jeito de te esnobar. Qual jeito? Se quando chegas perto me estremeço toda, e só em te olhar nos olhos o meu coração acelera, rezo para que não se vá, que fique um minuto, dois, três...tempo o suficiente para te ter nos meus braços de novo. Mais sempre acontece do mesmo jeito, da mesma forma, ficamos hoje, nos amamos loucamente hoje, fazemos promessas para a vida toda hoje, e hoje você promete que no dia seguinte ligará. Mais apesar de tantas fantasias eu sei que todas essas coisas são efêmeras, sei que amanhã você vai acordar e nem vai lembrar de todas as juras de fidelidade eterna e aí você vai sumir por um mês e eu seguirei com os meus devaneios que se estendem até a sua volta. Eis que você (re)surge e faz todas as promessas novamente, e eu mais uma vez caio em todas. O certo é que todos os sentimentos que você diz ter por mim são exíguos, tola que sou ainda permaneço acreditando que a imensidão do meu amor possa superar toda essa falta de amor que você tem.
Mais do que nunca desejo uma dose de amor puro e sem gelo.