domingo, 3 de abril de 2011

E lá estar ela, a espera de uma ligação dele. Prometeu para si mesma, que dessa vez tomaria o rumo definitivo. Prometeu que dessa vez iria encostá-lo na parede, e que falaria toda a verdade. Tudo o que o seu coração sente e sofre. Libertação, foi a palavra que ela usou para definir sua vida daqui em diante.
O celular toca... número desconhecido, quem me dera que fosse ele, pensou.

-Alô?
-Oi amor sou eu
-Ah quanto tempo, lembrou que tinha uma namorada foi?
-Sem cobranças por favor, sempre lembro de você.
-É, eu percebo isso... Precisamos conversar!
-Mais antes deixa eu te dizer uma coisa, você é a única mulher que eu amo e quero perto de mim, não saberia viver sem ti.
-E porque somes tanto, sem ao menos dar uma explicação?
-Porque eu preciso de um tempo pra me, nada com você é claro. Eu sou assim, mais eu prometo mudar por você. Mais me fala o que é que você quer conversar?
-Conversar? não, nada não. Saiba que eu também te amo muito.

E tudo se resolveu, pelo menos ela pensou assim. E mais uma vez ele vai sumir, vai (re)aparecer e dará a mesma explicação. E ela continuará sentada no sofá, esperando o celular tocar (e não toca), e iludindo a si mesma que dessa vez será decisivo. Coitada, enquanto ela não aprender a viver só e se acostumar com a solidão, ele ou qualquer outro vai desaparecer e reaparecer, e insólitamente darão a mesma explicação, ela acreditará, não sabe viver só, é dependente do amor. Pobre coitada, ainda não descobriu o seu amor próprio, não aprendeu a lidar com os seus defeitos e amar as suas qualidades, vive em uma carência eterna. Mais quando se descobrir vai perceber, que a única pessoa pela qual ela precisa pra ser feliz é dela mesma, vai ver que o seu amor tem muito valor, e não vai desperdiça-lo com qualquer um. Só ai, será realmente feliz.

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