sexta-feira, 8 de abril de 2011

Gira,girassóis.



Tinha uma paixão incontrolável por cores. Ficava horas estagnada observando tudo ao seu redor, e entrava em êxtase quando via algo multicolorido, algo que despertasse a vida, desabrochasse os amores, e acalentasse as dores. A mesma andava de acordo com as nuances da lua, não seguia tendências, criava as suas. Por mais esdrúxulo que fosse, era estonteante ver a alegria que externava no rosto. Suas roupas continha um humor simbólico, quanto mais cores, mais vida. Mais eram lindas, ela era linda. Nunca tinha visto antes uma pessoa se dar tão bem com diversas cores, ela era certamente uma excessão, podia por uma blusa amarela e uma calça vermelha, que ficava digna de toda elegância. Os seus amores tinham cheiro de mel e o seu desencanto era consolado por um coração enfeitiçado por suas cores. Mais certamente o que eu mais admirava nela era o seu amor e afeto por girassóis, a sua casa era repleta deles, chegava a ser inspirador, era tudo tão harmônico. Cuidava, podava, regava com todo o seu amor. Dizia que em cada girassol existia uma parte sua, era tão estranho quão bonito o seu cuidar. Desabrochava em cada estação, mais a sua preferida era a primavera, sabe-se porque. Tinha um amor por cores e flores infindável.  Acredito que se pudesse defini-lá diria que ela foi uma flor do sol.
E que o seu mundo era um gira sol, gira-sol, girassóis.

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